7 de abr. de 2011

Sobre o massacre na escola do Rio de Janeiro


Há três semanas escrevi um post sobre violência. Lá, guiada pelas imagens de dois filmes atuais, refleti sobre como a violência se instala e, o mais importante, o que nós podemos fazer para lidar com essa potência pertencente a todos nós.


Hoje, como todos os brasileiros, acordei com uma notícia triste. O massacre na escola do Rio de Janeiro tem precedentes em outros países mas ainda não havia ocorrido aqui, tão perto de todos nós.


Como já escrevi, acompanhar uma história coletiva através do enredo da vida de uma pessoa nos permite criar empatia e assim, assimilar melhor tudo o que acontece a nossa volta. E hoje, é isso que está acontecendo com todos os brasileiros.


Agora a loucura, a psicopatia e os serial killers também fazem parte da nossa sociedade. Não que já não estivessem por aqui mas agora está tudo mais claro, escancarado e consciente.


Sim, socialmente, estamos doentes. E o mais dolorido é observar que são as nossas crianças que estão pagando o preço por uma forma de viver que não está funcionando muito bem.


Nos filmes que relatei, encontramos histórias que mostram como a violência se agrava dentro de cada um de nós. A violência é uma potência humana que, em muitos momentos, até nos auxilia na nossa legítima defesa. Mas, como a observamos agora, está fora de proporção, ou melhor, fora de propósito.


Sim, por trás de toda violência existe uma história de vida, uma dor, um machucado. Por trás de todo ato violento existe um trauma.


Vivemos a nossa vida e vamos reproduzindo tudo com o que entramos em contato. As crianças possuem a sua natureza e vão sendo estimuladas de acordo com o que encontram no caminho.


Imagino que a violência pela qual esse assassino passou na vida seja igual ou maior do que aquela que ele causou.


Triste, muito triste.


E o que podemos fazer com isso? O que nos resta além de ficar em pânico tentando proteger as nossas crianças da vida?


Refletir e nos responsabilizarmos. Refletir para nos responsabilizarmos por tudo que está a nossa volta.


Sim, são com nossos pequenos atos do dia a dia que incentivamos ou combatemos a violência. É na nossa vida privada que podemos modificar as nossas relações, estimulando o contato, o carinho, o respeito e, principalmente, nos dando conta da responsabilidade que temos por tudo o que podemos causar na vida dos outros que nos cercam.


4 comentários:

SITIO Toa-Toa disse...

Linda mensagem...
é chocante pensar no sofrimento que essa pessoa passou, para ser capaz de fazer tantas outras sofrerem.
Pois, aquele aluno calado, timido,que passa despercebido aos olhos de muitos e, um triste dia, ele tenta ser finalmente "percebido". É uma pena que ninguem conseguiu enxerga-lo antes..

Unknown disse...

O Brasil chora, pois acamos d presenciar o maior abisurdo que já nos não poderiamos imaginar que acontecesse. Me pergunto o que leva uma pessoa a fazer isso? Bem, dificil acha resposta, como podemos viver em paz? sabendo que ha milhares d pisicopatas por ai e que a qualquer momento podem fazer maldades contra a sociedade. Só temos a lamenta pelas percas de nossas crianças.

Mary disse...

Concerteza foi um dos momentos mais repudiantes de masacre da história brasileira. Além disso, sonhos de adolescentes foi impedido de uma forma tão brutal e desumana.Por isso, é importante a escola trabalhar os problemas educacionais junto com a sociedade, para que ambas juntas proporcione uma solução eficaz tanto na vida estudantil, quanto na vida social.

Unknown disse...

E hora de olharmos pra dentro de nós pra encontrarmos essa violência, trazer pra consciencia e agir a favor do equilibrio. O bullying é uma pratica muito mais comum do que se imagina e pode causar dor e sofrimento inimaginaveis para suas vitimas. É a soma de pequenas porcoes de violencia depositadas em uma só. E o pavio da dinamite é a conivencia dos educadores. Está na hora de refletirmos sobre isso. Pra mim o Bullying deveria entrar para a agenda dos direitos humanos e do codigo penal. Nao me surpreende a atitude desse rapaz, apenas me entristece!