23 de jul. de 2010

Fazendo escolhas

Diversas vezes na vida nos encontramos diante de situações que nos obrigam a fazer escolhas. E fazer escolhas pode ser um processo difícil.

Em primeiro lugar, como já escrevi anteriormente, escolher implica em uma certa liberdade e, quanto mais inconscientes estamos, mais risco corremos de sermos controlados pelos complexos psicológicos, aqueles lados desconhecidos da nossa personalidade que são cheios de potência e atuam independente da nossa vontade.


Também já escrevi que escolher implica em renúncias e estas, muitas vezes, dificultam o processo.


Mas e quando passamos por esses obstáculos e, enfim, fazemos escolhas?


Bem, o processo pós escolha é um processo à parte. Quando abrimos mão de algumas coisas em prol de outras nem sempre atingimos os nossos objetivos de imediato e, nesse momento, temos dúvidas e nos sentimos tentados a voltar atrás.

Chamo esse momento de “passagem”, quando nos encontramos entre dois modelos, dois padrões, duas referências, duas possibilidades. Abandonamos a primeira e ainda não chegamos na segunda e por isso nos sentimos sem nada, perdidos e angustiados. Estamos no “limbo”, aquele lugar que não é nem aqui, nem ali.


Passar por esse momento exige muita fé e fidelidade. Fé no sentido de acreditar no que ainda não se vê e fidelidade, pois só o pacto profundo com o que acreditamos pode nos manter firmes no caminho até que o novo chegue.

Voltar atrás é muito tentador porque parece mais cômodo estar em um lugar conhecido. É nessa hora que o diálogo interno se torna tão importante pois, só nós mesmos podemos nos relembrar do por quê abandonamos algumas coisas em busca de outras.

Estou de volta!

2 comentários:

gle disse...

Parabéns pelo texto e pelo blog: são excelentes!

Flávia Scavone disse...

Obrigada Erich!